À escuta das Obras Sociais das FMA-Índia

Índia. No dia 23 de fevereiro de 2025, realizou-se um encontro online sobre as Obras Sociais das FMA na Índia, orientado pela Irmã Sarah García, colaboradora do Âmbito da Pastoral Juvenil, coordenadora mundial das Obras Sociais do Instituto das FMA e representante do Escritório de Direitos Humanos do Instituto Internacional de Maria Auxiliadora (IIMA) de Genebra, nas Nações Unidas (ONU), em colaboração com a Irmã Azarias Arokia Mary Selvi, Coordenadora do Fórum Nacional de Desenvolvimento (NDF) das Inspetorias indianas.

Do encontro participaram as Inspetoras, as Coordenadoras da Conferência da Índia (PCI), a Coordenadora Nacional da Pastoral Juvenil e as Coordenadoras do Desenvolvimento Social das sete Inspetorias da Índia.

A Irmã Meenakshi D’Silva, Inspetora da Inspetoria Santa Maria Mazzarello (INB) e Presidente da PCI, fez a relação introdutória.

Em seguida, a Irmã Sarah García apresentou o tema “Percursos de Esperança e Generatividade” e os objetivos do encontro, sublinhando que Maria convida a ser pessoas generativas num processo que leva à mudança. Também afirmou que na Índia, terra de diversidades geográficas, religiosas e culturais, as Irmãs Salesianas estão preparadas para fornecer uma educação holística para o desenvolvimento integral das crianças e dos jovens, especialmente dos grupos mais vulneráveis.

O Fórum nacional de desenvolvimento (NDF) coordena o Escritório de Desenvolvimento Social (SDO) legalmente registrado, de cada uma das sete Inspetorias indianas. Cada SDO tem a sua estrutura, funções, estratégias de visão e missão e os seus parceiros de rede, constituídos por ONGs locais, departamentos governamentais e Organizações internacionais. Estes SDO dirigem-se a uma ampla faixa da população, com atenção especial às tribos e castas reconhecidas na Índia, aos Dalit, a casta mais baixa e aos grupos que se encontram às margens da sociedade. Os SDO garantem o acesso a uma educação de qualidade para as crianças. Promovem também a inserção no mundo do trabalho dos jovens desfavorecidos, o empoderamento das mulheres, a justiça de gênero, educação aos direitos humanos e defesa dos direitos, fortalecimento da resiliência ambiental, desenvolvimento da comunidade e serviços de socorro em caso de desastres naturais.

Com os seus diversos programas, conseguiram apoiar 87.645 crianças no acesso à educação de qualidade; através dos 335 Parlamentos das crianças de bairro, formaram 7.382 crianças líderes; com 226 projetos de Ecoclubes, ajudaram 15.997 crianças a amadurecer uma gestão responsável do ambiente; 4.115 jovens adquiriram competências comercializáveis ​​e encontraram trabalho em empresas ou estão preparados para iniciar uma atividade própria; 850 Grupos de Autoajuda para as Mulheres permitiram que um total de 11.116 membros defendessem os próprios direitos e participassem dos processos decisionais  em vários níveis; a 6.437 mulheres foram oferecidos cursos de formação sobre os meios de subsistência e projetos de geração de renda para um crescimento econômico sustentável em todo o País.

Políticas como a proteção à infância e ao ambiente e a gestão responsável das mídias sociais são redigidas pelo NDF em colaboração com outros referentes do setor e aprovadas pelo Conselho Diretivo PCI para implementação e adoção pelas Inspetorias. Um plano quinquenal para o setor da Pastoral social PCI é redigido periodicamente e avaliado anualmente.

Apesar dos vínculos políticos do governo que obstacula sua abordagem baseada sobre os direitos, apesar dos fundos limitados, da falta de um sólido voluntariado e da falta de pessoal, as FMA, junto às Comunidades Educativas, estão motivadas a continuar trabalhando para elevar os grupos mais vulneráveis, enquanto são testemunhas da sua transformação em agentes ativos de mudança na sociedade. O potencial para criar redes e colaborações é outro sinal de esperança que as chama a ir adiante como comunidades missionárias sempre prontas a anunciar o Evangelho às periferias.