Roma (Itália). De 4 a 6 de fevereiro de 2020, em Roma, na Casa Sagrado Coração da Inspetoria Romana São João Bosco (IRO), 24 Animadoras de Comunidades das Inspetorias italianas das Filhas de Maria Auxiliadora se encontraram para aprofundar, refletir e compartilhar sobre o tema: “Acompanhar, discernir, integrar recursos e fragilidades pessoais e comunitárias para sermos Comunidades geradoras”.
Os dias, organizados pela Conferência Interinspetorial Italiana (CII), dirigidos por Ir. Anna Razionale e pelas Conselheiras da Formação das Inspetorias que prepararam e cuidaram dos vários momentos, foram ritmados pelos verbos reconhecer, interpretar, escolher.
RECONHECER A primeira manhã foi dedicada à oração: um tempo de silêncio e de adoração para predispor o ânimo a acolher a experiência. À tarde, Ir. Bruna Zaltron, da Congregação das Ursulinas de Vicenza, psicóloga, acompanhou o grupo no aprofundamento do tema: “Reconhecer feridas, fragilidades e recursos”. Com simplicidade e competência, ajudou a refletir sobre dinâmicas pessoais, relacionais e comunitárias, para levar a uma releitura da própria vida na ótica da esperança e da possibilidade de recomeçar sempre. O conceito que acompanha está encerrado em uma afirmação da teóloga Antonietta Potente: “Somente uma pessoa que reconhece, que vive o limite pode ser uma pessoa comunitária”.
O primeiro dia se concluiu com a Boa Noite de Ir. Maria Helena Moreira, Conselheira para a Comunicação do Instituto FMA. Com criatividade, transmitida apenas com as palavras, mas também com imagens, cores e objetos, Ir. Maria Helena fez refletir sobre os verbos encontrados no art. 164 das Constituições das FMA sobre Diretoras.
INTERPRETAR A segunda manhã foi dedicada à visita da Basílica de S. Clemente em Roma. Dirigidas pela Dra. Anna Delle Foglie, historiadora de arte, as animadoras de comunidades mergulharam na “Via della Bellezza”, como lugar de integração de fragilidades e recursos. Contemplar a Cruz florida, que sobressai na ábside, fez compreender o sentido mais completo de um “poder crucificado”.
À tarde, Ir. Eliane Petri, FMA, Docente de Espiritualidade Salesiana na Pontifícia Faculdade de Ciências da Educação Auxilium, aprofundou o tema: “Acompanhar, discernir e integrar fragilidades e recursos através da experiência de Madre Mazzarello e da primeira comunidade de Mornese!”
O dia se concluiu com a Boa Noite da Madre Geral das Filhas de Maria Auxiliadora, Ir. Yvonne Reungoat, que agradeceu às Diretoras pelo serviço que realizam nas comunidades e encorajou-as a nunca perder a esperança.
Assim, à luz do Poder Crucificado, da experiência da primeira comunidade de Mornese e ajudadas pela palavra da Madre, as participantes foram convidadas a interpretar a experiência de Animadoras de comunidade: uma experiência que se faz serviço, mas que é também dom de graça.
ESCOLHER A terceira manhã foi dedicada à reflexão pessoal para reler o próprio Projeto de Vida, para definir os passos a realizar retornando às próprias Comunidades e para compartilhar as escolhas feitas na discussão em grupo.
À tarde, o encontro na Casa Geral das FMA com a Vigária Geral, Ir. Chiara Cazzuola, que ouviu as perguntas surgidas da partilha da manhã e dialogou com as Diretoras, em um momento fraterno de troca de experiências.
Na oração das vésperas, o agradecimento pela rica experiência, com um novelo desenrolado, que passando de mão em mão, ajudou a construir visivelmente a rede de oração que une as participantes.
O terceiro e último dia se concluiu com a narração do perfil humano e espiritual de Madre Rosetta Marchese – Superiora Geral do Instituto das FMA de 1981 até sua morte, em 1982 – da qual se iniciou a causa de beatificação, apresentado por Ir. Francesca Caggiano, vice-postuladora da causa.
Pe. Carlo Maria Zanotti, Salesiano de Dom Bosco, celebrou para o grupo a Eucaristia nos três dias, ajudando o grupo a fazer síntese sobre o tema através das homilias.